Arquivos do autor: Debora Gama de Carvalho

Nas primeiras linhas de “Genealogia da Moral”, Nietzsche anuncia a profundidade do desconhecimento do ser humano acerca de sua humanidade e de sua condição enquanto Humano 1.  As notas do subsolo, extremamente curtas se comparadas com outras obras reconhecidamente extensas do romancista russo, não deixam a desejar em profundidade literária em momento algum por seu número de páginas. O diálogo constante com o psicológico, a loucura e o absurdo são elucidados ao final do livro com a expressão “vida vivida”. A vida vivida não é

“ A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso, a palavra foi feita para dizer.”                                                                                                               Graciliano Ramos “[…] Vou escrevendo meus versos sem querer, como se escrever não fosse uma cousa feita de gestos, como se escrever fosse uma coisa que me acontecesse, como dar-me o sol de fora. Procuro dizer o que sinto sem pensar em que sinto. Procuro encostar as palavras à ideia e não precisar dum corredor do pensamento para as palavras. Nem sempre consigo sentir o que

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