ARISTOCRACIA E BARBÁRIE NA OBRA DE BRAM STOKER: RELATÓRIO DE UMA PESQUISA EM CURSO
Meu pressuposto inicial é que o estudo da imagem é fundamental para a compreensão das narrativas. Entender como os diversos elementos de uma determinada narrativa interagem é uma atividade que pode ter duas perspectivas: uma dinâmica, estrutural e, ao mesmo tempo, focada na sequência de acontecimentos; e outra estática, voltada para o aprofundamento da compreensão acerca da interação entre esses elementos em uma determinada situação, ocorrida dentro ou projetada fora da narrativa. A oposição entre personagens pode nunca ocorrer dentro do texto, mas isso não impede que construamos um quadro mental no qual aquela oposição seja revelada. Assim, quando comparamos diferentes obras, estamos criando uma imagem que envolve personagens e todas as circunstâncias que as cercam e pondo-nos diante dessa imagem, para descrevê-la e compreendê-la melhor. Particularmente, trabalho com o conceito de imagem mítica Carl Schmitt, um jurista alemão um pouco polêmico.
O crítico e o caçador: uma análise dos Capítulos II, III e IV obra Manhunts, de Grégoire Chamayou – Parte II
A tarefa do intelectual é, hoje, mais desvendar as relações entre as distintas imagens conceituais que aderir a posições políticas essencialistas. Assim, mais do que replicar o discurso de Nimrod como o tirano, caberia a Chamayou entender as dinâmicas que o condicionam. Continuamos hoje a análise dos Capítulos II, III e IV da obra Manhunts.
O crítico e o caçador: uma análise dos Capítulos II, III e IV obra Manhunts, de Grégoire Chamayou – Parte I
Para entendermos um autor, devemos nos afastar da apreensão imediata do conteúdo que ele expressa com palavras e nos apoiarmos nos indícios que ele nos dá acerca da forma como devem ser compreendidas estas palavras, ou seja, da indicação que ele nos dá acerca da tradição a que pertence. Grégoire Chamayou o faz de forma bastante clara em sua obra Manhunts: A Philosophical History, ao dizer que pretende pensar a partir da posição da vítima, a partir da posição da presa.
Em homenagem a Edgar Allan Poe
Tradução da nota biográfica do autor Edgar Allan Poe em celebração aos cento e setenta e um anos de seu falecimento. A nota, publicada no sítio eletrônico American Literature, vem acompanhada de uma introdução minha, na qual falo da presença fantasmagórica do autor americano em diversos momentos especiais de minha vida. Eu conheci Edgar Allan Poe quando tinha mais ou menos 10 anos. Foi um “mole” que os meus pais deram, com grandes consequências para toda a minha vida. A leitura de seus textos reforçou
Logan and the Fellowship Concept
Texto originalmente publicado aqui em 20/12/2017. Uma versão em português se encontra mais abaixo, feita por Milton Barboza. It is widely recognized as a truth about the scientific activity that, once the researcher begins to study a topic, he begins to see his object of study everywhere. If this actually happens to you, fellow researcher, this is a sign that you are following the right path. If it doesn`t happen to you, well… Find another object. My object of study is the eternal debate community
Linguagem, pragmatismo e um antigo conceito
Texto originalmente publicado em: https://medium.com/@guilhermealfradiqueklausner/projeto-de-proposta-de-comunica%C3%A7%C3%A3o-no-semin%C3%A1rio-desobedi%C3%AAncias-e-democracias-radicais-a-pot%C3%AAncia-54e156672012. Trata-se de uma exposição da Seção 2 do texto “O Comum no Capitalismo Maquínico” feita no âmbito Seminário “Desobediências e Democracias Radicais: a potência comum dos direitos que vêm”. Então, minha fala hoje, até mesmo em razão do tempo, vai ser uma apresentação de um tema que eu comecei a tratar na minha monografia da pós-graduação de uma forma bem superficial, porque ele se inscrevia no limiar do meu objeto. Ao mesmo tempo que eu descobri que ele era fundamental