Mario de Andrade e a incerteza da entidade artística nacional
Essa resenha-ensaio tem como objeto o conhecido trabalho de Mario de Andrade, “Ensaio sobre a Música Brasileira”, de 1928. Nosso objetivo é explorar o elemento da indecisão como um constituinte da entidade racial brasileira a partir do seu trabalho sobre a nacionalização artística da música popular.
O que nos leva a buscar a preservação da vida do outro?
Dando continuidade aos estudos sobre a obra da filósofa americana Judith Butler, apresentamos nesse post uma resenha do segundo capítulo de seu novo livro: Força da não violência: Um vínculo ético-político. Na obra, a autora traça um percurso pela ética da não violência na filosofia, ciência política e psicanálise para conectar-se às lutas por igualdade social, retornando ao tema da precariedade e das vidas passíveis de luto. Assim, sua proposta nesse capítulo é identificar, pela filosofia política, uma compreensão de não violência a partir da condição básica de interdependência e de prática de valorização da própria vida.
Pragmatismo e quilombismo
Partindo dos percursos de uma antropologia social quanto a categoria quilombo urbano, agenciada de múltiplas formas no contexto dos movimentos sociais ligados a comunidades tradicionais e à pauta racial, esse ensaio tem como objetivo desenvolver um breve levantamento dos princípios filosóficos do método pragmatista desenvolvido por William James – suas consequências no campo epistemológico e no campo de uma ética. A partir dos avanços desses movimentos, pensamos como esses agenciamentos permitem iluminar novas perspectivas de ação e desafios associados a estruturas, categorias e posturas pluralistas
Fannie Lou Harmer “Songs my mother Taught me”
Fannie Lou Harmer foi uma importante ativista pelos direitos civis dos negros americanos. Sua Freedom Farms tornou-se um modelo cooperativo projetado para oferecer justiça econômica aos agricultores negros mais pobres do sul da América. Além da atividade política, Harmer também atuava na comunidade religiosa, onde muitos ativistas encontravam amparo também para suas reivindicações políticas. A potência de sua voz nos encontros religiosos ou nas caminhadas pelos direitos civis foi uma de suas importantes contribuições aos seus companheiros e aqueles que vieram depois. Divulgamos aqui o álbum
Proposta para um “Black Commons”
Tradução do artigo”Proposal for a “black commons”” de Susan Witt, Diretora Executiva do Schumacher Center for a New Economics. O artigo completo poderá ser acessado aqui. Proposta para um “Black Commons” para fins de discussão – comentários muito bem-vindos Resumo da proposta Durante décadas, fundos fundiários comunitários [Community Land Trusts] possibilitaram que as comunidades locais criassem oportunidades acessíveis de aquisição de moradia, fornecendo acesso de baixo custo a terras comunais, permitindo a propriedade privada das casas nessas terras. Nossa proposta é adotar a estrutura desses
É hora de olhar novamente para os “black commons” e a propriedade coletiva?
Tradução do artigo “Land loss has plagued black America since emancipation – is it time to look again at ‘black commons’ and collective ownership?”, publicado por Julian Agyeman, Professor de Política e Planejamento Urbano e Ambiental da Tufts University e Kofi Boone, Professor de arquitetura paisagística no College of Design, North Carolina State University, no portal The Conversation. O artigo original e completo poderá ser acessado aqui. A perda de terras tem atormentado a América negra desde a emancipação – é hora de olhar novamente