Blog Pragmatismos

A publicação do livro O Making da Metrópole. Rios, Ritmos e Algoritmos nos conduz a uma trama instigante e oportuna. Primeiro, porque nos coloca diante de um balanço de mais de três décadas de globalização desde a queda do muro de Berlim e, consequentemente, daposição de destaque da metrópole nesse campo de transformações. Segundo, porque nos apresenta, sem cerimônia, as linhas políticas, econômicas, sociais e culturais que, tanto se consolidaram como paradigmas, quanto se tornaram tendências, isto é, devires. Por fim, todo esse panorama não escapa daquilo que está diante de nós, mas que se tornou difícil de encarar: a experiência metropolitana do Rio de Janeiro pós-ressaca dos grandes projetos urbanos, implementados durante a governança de esquerda e promovidos no calda dos megaeventos esportivos (Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016) e do ciclo dos commodities (2000-2014).

Franz Kafka, nascido em Praga, na atual República Tcheca, é considerado um dos escritores mais influentes do século XX. A Metamorfose e O Processo são alguns de seus escritos mais famosos os quais abordam temas como, por exemplo, a alienação e a brutalidade do poder. Aqui no Brasil, no início de 2019, ficou muito popularizado quando o seu nome foi “imprecionantemente” confundido pelo então Ministro da Educação com o de um alimento preparado com carne moída: a cafta.

A tarefa do intelectual é, hoje, mais desvendar as relações entre as distintas imagens conceituais que aderir a posições políticas essencialistas. Assim, mais do que replicar o discurso de Nimrod como o tirano, caberia a Chamayou entender as dinâmicas que o condicionam. Continuamos hoje a análise dos Capítulos II, III e IV da obra Manhunts.

Para entendermos um autor, devemos nos afastar da apreensão imediata do conteúdo que ele expressa com palavras e nos apoiarmos nos indícios que ele nos dá acerca da forma como devem ser compreendidas estas palavras, ou seja, da indicação que ele nos dá acerca da tradição a que pertence. Grégoire Chamayou o faz de forma bastante clara em sua obra Manhunts: A Philosophical History, ao dizer que pretende pensar a partir da posição da vítima, a partir da posição da presa.

O Núcleo de Estudos do Comum – NEC, vinculado à Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, coordenado pelo Professor Doutor Fernando Hoffman, promoveu no dia 05 de maio de 2021 o Webniário “Biopolíticas em Comum”, e contou com a participação da Professora Doutora Carla Rodrigues (UFRJ), uma das principais revisoras técnicas das obras de Judith Butler traduzidas para o português. Participou ainda, como debatedor, o Professor Doutor Maiquel Wermuth (UNIJUÍ). Assim, o texto que segue reúne algumas impressões e pressupostos a partir da conferência apresentada pela professora, intitulada “Violência, Luto e Precariedade: da biopolítica à necropolítica a partir de Judith Butler”.

Dando continuidade aos estudos sobre a obra da filósofa americana Judith Butler, apresentamos nesse post uma resenha do segundo capítulo de seu novo livro: Força da não violência: Um vínculo ético-político. Na obra, a autora traça um percurso pela ética da não violência na filosofia, ciência política e psicanálise para conectar-se às lutas por igualdade social, retornando ao tema da precariedade e das vidas passíveis de luto. Assim, sua proposta nesse capítulo é identificar, pela filosofia política, uma compreensão de não violência a partir da condição básica de interdependência e de prática de valorização da própria vida.

O texto “Macunaíma (1928)”, de Lúcia Sá (Universidade de Manchester), faz parte do livro “Literaturas da Floresta: textos amazônicos e cultura latino-americana”, publicado em 2012 pela editora da UERJ. A obra sistematiza as pesquisas da autora sobre diversas literaturas e apresenta um guia para a compreensão da narrativa ameríndia.  Lucia Sá percorre as tradições orais da Floresta Amazônica, perpassando por diversas regiões brasileiras e pelos países que fazem fronteira com o nosso. Originalmente publicada em inglês, a obra é dividida em quatro partes: Roraima e os Caribes; O grande território dos tupis-guaranis; A confluência do Rio Negro; Os arauaques do Alto Amazonas. Nesse percurso, a autora revisita algumas obras de grandes escritores a fim de destacar a intertextualidade com as narrativas indígenas.

No último dia 9 de abril aconteceu a aula pública do Departamento de Introdução à Ciência Política e Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina) sobre práticas políticas de funcionários, associações, partidos e cidadãos, mediada pela professora Cecilia Carrizo. Os convidados foram Yaku Perez Guartambel (advogado Kichwa-Kañari e candidato à presidência do Equador nas últimas eleições pelo partido indígena Pachakutik), Rosa Ñancucheo (Lonko¹ do povo Mapuche-Tehuelche em Chubut), Relmu Ñamku (membro da comunidade Winkul Newen, do povo Mapuche em Neuquén

A disciplina Estudo Crítico de Autores, do Programa de Pós-Graduação em Direito da UERJ, Linha Teoria e Filosofia do Direito, será dedicada este semestre ao pensamento do escritor Mario de Andrade. O curso, realizado pelo Zoom, é aberto a ouvintes através de autorização prévia a ser socilitada pelo e-mail: alexandremendes.remoto@gmail.com O curso prevê 12 encontros semanais, sempre às sextas, 10h, a partir do dia 05 de março. O programa completo segue transcrito abaixo: (Retrato de Mário de Andrade , 1922 , Anita Malfatti) UNIVERSIDADE DO

Por: Marina Gomes de Oliveira O presente texto tem como objeto de análise e cotejo a obra A História da Sexualidade I: A Vontade de Saber, de Michel Foucault, e a introdução da Microfísica de Poder, escrita por Roberto Machado e intitulada Por uma genealogia do poder. No que diz respeito à primeira obra, a abrangência de seu escopo nos conduziu a restringir nossa análise ao capítulo Nós, Vitorianos, no qual o autor traça um amplo panorama dos temas de que tratará ao longo da

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