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4 de março de 2021 por Alexandre Mendes

Mario de Andrade: o Brasil como assombro (programa do curso / 2020.2 PPGD/UERJ)

Mario de Andrade: o Brasil como assombro (programa do curso / 2020.2 PPGD/UERJ)
4 de março de 2021 por Alexandre Mendes

A disciplina Estudo Crítico de Autores, do Programa de Pós-Graduação em Direito da UERJ, Linha Teoria e Filosofia do Direito, será dedicada este semestre ao pensamento do escritor Mario de Andrade. O curso, realizado pelo Zoom, é aberto a ouvintes através de autorização prévia a ser socilitada pelo e-mail: alexandremendes.remoto@gmail.com

O curso prevê 12 encontros semanais, sempre às sextas, 10h, a partir do dia 05 de março. O programa completo segue transcrito abaixo:


(Retrato de Mário de Andrade , 1922 , Anita Malfatti)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS / FACULDADE DE DIREITO - PPGD/UERJ /

DISCIPLINA: Estudo Crítico de Autores - 2020.2 
DIA E HORÁRIO: todas as sextas-feiras, de 10h às 13h.
PROFESSOR: Prof. Dr. Alexandre F. Mendes

Mario de Andrade: O Brasil como assombro

“Me dá uma angústia atualmente imaginar um Brasil... É uma entidade creio que simbólica este país. Realidade, não me parece que seja não e quanto mais estudo e viajo as manifestações concretas do mito, mais me desnorteio e, entristecer, não posso garantir que me entristeço: me assombro... Na verdade, na verdade este nosso país inda pode dar esperança de si... Mas é simplesmente porque arromba toda concepção que a gente faça dele.” (Mario de Andrade, Diário Nacional, 11 de maio de 1929). 
HIPÓTESE DE TRABALHO:

 A disciplina tem como objetivo realizar uma imersão na obra do intelectual brasileiro Mario de Andrade, tecendo relações entre o modernismo brasileiro e temas contemporâneos do campo do Direito, da Filosofia Política e da Antropologia. Embora o escritor paulista não seja um autor frequentemente mencionado em pesquisas jurídicas, a sua intervenção no debate intelectual da primeira metade do século 20 foi fundamental para um tratamento original da relação: (i) entre sujeito, percepção e multiplicidade (a adoção da psicologia moderna e relação com as vanguardas europeias); (ii) entre o material (cultural) heterogêneo oriundo de diversos modos de vida e o processo de formação do Brasil (a construção da diferença brasileira a partir de pesquisas antropológicas/musicais/literárias conduzidas no país) e (iii) entre o processo vertical de modernização e sua relação com o aviltamento do espaço poético, da liberdade de pesquisa e de intervenção intelectual. O modernismo se confunde, em parte, com aspirações governamentais e a diferença brasileira se converte em formalização autoritária. 

 Do primeiro ponto, emerge um movimento de descentramento do sujeito e de suas percepções e sensações, que agora são interpeladas pelas múltiplas experiências da vida moderna (enviando-lhes “telegramas”). No mesmo deslocamento, forma-se o sujeito lírico modernista através de uma poesia que privilegia fluxos não intelectuais oriundos do inconsciente e as dimensões impessoais do pensamento. Do segundo ponto, a conversão desse sujeito lírico em um sujeito pesquisador. Dá-se o revezamento entre o poeta que sai de seu gabinete para empreender viagens pelo Brasil e o pesquisador que se fixa nas salas cinzas dos novos espaços institucionais. O acento intelectual se fortalece com a busca de métodos científicos inovadores e a edificação de instituições de pesquisa sólidas e integradas ao debate mundial. Os esforços de uma apreensão múltipla da realidade, no entanto, se mantêm (o material é sempre heterogêneo: músicas, danças dramáticas, modos de falar, vestimentas etc.), com a recusa do dogmatismo, do provincianismo e da burocratização do direito de pesquisar. Do terceiro ponto, advém um sujeito trágico oriundo da percepção marioandradiana tardia de que o Brasil precisaria ser “destruído” e, com ele, o próprio movimento modernista. O balanço crítico atinge o seu paroxismo: o modernismo é sacrificado em sua autoridade de tradição para manter a sua força de interpelação crítica, renovando, assim, suas energias de contestação e criação.

ORGANIZAÇÃO DO DEBATE:

1) Primeiro momento: intervenção do(a) relator(a) do tema, em até 30 minutos. A relatoriadeverá priorizar o levantamento de questões para o debate e dúvidasdecorrentes da leitura. É importante que o(a) relator(a) não faça um simples resumo do texto, em razão da redundância que isso acarreta com a leitura já realizada.

2) Segundo momento: exposição do professor (entre 30 e 40 minutos). A aula consiste em exposição oral contínua com uso eventual de compartilhamento de tela. É conveniente que o(a) aluno(a) utilize esse momentopara anotar a referências e os ponto de debate.

3) Terceiro momento:após o intervalo de 10 minutos, abriremos uma rodada de debate com todos(as) os(as) alunos(as). Essa atividade acontecerá em até 1 hora e meia. Será preciso observar o limite de tempo na intervenção, possibilitando a participação de todos.

Atenção: o relator do tema deverá sistematizar os três momentos, elaborando um retrato da aula e do debate em até 14 dias. Ao final, todos os registros serão reunidos em um caderno coletivo. 

Obs: Os textos e filmes de apoio são facultativos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: (i) Cada aluno(a) ficará responsável pela sistematização de todo debate e devolução ao grupo em 14 dias. O trabalho final consiste no aprofundamento do tema já sistematizado em relatoria, adquirindo a forma de ensaio, resenha crítica de obra ou artigo. O trabalho deverá ter entre 08 e 10 páginas.. 

PROGRAMA

1. Apresentação do programa/ Contextualização / Distribuição dos textos

2. O jovem Mario de Andrade 

Texto 1: ANDRADE, M. “Há uma gota de sangue em cada poema”. In: ANDRADE, M. Obra imatura. Estabelecimento do texto: Aline Nogueira Marques. Rio de Janeiro: Agir, 2009. 

Texto 2: LOPEZ, Telê Ancona. “Uma estreia retomada”. In: ANDRADE, M. Obra imatura. Estabelecimento do texto: Aline Nogueira Marques. Rio de Janeiro: Agir, 2009. 

3. Pauliceia Desvairada e Semana de Arte Moderna de 22 

Texto 1: ANDRADE, M. Poesias completas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013. 

Texto 2: LOPEZ, Telê Ancona. “Arlequim e Modernidade”. In: _____. Mariodeandradiando. São Paulo: Hucitec, 1996, pp. 17-37. 

Filme: RUTTMAN, W. Sinfonia de uma grande cidade. Berlim, 1927

Link: https://www.youtube.com/watch?v=TVqPoV9q4ck

Filme 2: VERTOV, Dziga. Um homem com uma câmera. Vufku, 1929. 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=auFNysJG1v0

4. Teorização: A escrava que não é Isaura 

Texto: ANDRADE, M. A escrava que não é Isaura: discurso sobre algumas tendências da poesia modernista. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. 

Texto de apoio: CARVALHO, Lilian Escorel de. A revista francesa L'Esprit Nouveau na formação das ideias estéticas e da poética. Tese de doutorado, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 2009.

Filme: WIENE, Robert. O gabinete do Dr. Caligari. Berlim, 1920. 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=a4IQbHeznjw 

5. Viagem a Amazônia e ao Nordeste: o turista aprendiz 

Texto: ANDRADE, M. O Turista aprendiz: viagem etnográfica (1928-1929). In: ______. O turista aprendiz / Mário de Andrade; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. Brasília, DF : Iphan, 2015

Texto de apoio: LOPEZ, Telê Ancona; FIGUEREIDO, Tatiana Longo. “Por esse mundo de páginas”. In: ANDRADE, M. O turista aprendiz / Mário de Andrade...  

6. Ensaio sobre a música brasileira 

ANDRADE, M. Ensaio sobre a música brasileira. São Paulo: Martins Editora, 1973, Primeira parte, pp. 11-75. 

Texto de apoio: BREUNIG, Tiago Hermano. Estesia em tese: a nacionalização musical de Mario de Andrade. Tese de doutorado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, 2015

- Intervalo sem aula (leitura do livro Macunaíma) 

ANDRADE, Mario. Macunaíma. Edição crítica de Telê Porto Ancona Lopez. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos; São Paulo: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1978

Texto de apoio: PROENÇA, M. Cavalcanti. Roteiro de Macunaíma. 1a ed. São Paulo: Anhembi, 1955. [2a ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1969

7. Macunaíma I: a análise de Haroldo de Campos 

Texto: CAMPOS, Haroldo de. Morfologia do Macunaíma. São Paulo: Perspectiva, 2008 [Cap. 1. Pontos 1 e 2, pp. 3-53]

Filme: Macunaíma. Direção e roteiro de Joaquim Pedro de Andrade, Brasil, Eastmancolor, 1969.

8. Macunaíma II: a análise de Gilda de Mello e Souza 

MELLO E SOUZA, Gilda de. O tupi e o alaúde: uma interpretação de Macunaíma. São Paulo: Duas Cidades, 1979, pontos I e II, pp. 9-59. 

9. Macunaíma III: a análise de Lúcia Sá 

Texto: SÁ, Lúcia. Literatura da floresta: textos amazônicos e cultura latino-americana.  Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012 [Cap. 2, pp. 79-121]. 

Texto de apoio: ______. Literatura da floresta: textos amazônicos e cultura latino-americana.  Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012 [Cap. 1]. 

10. Departamento de Cultura: o laboratório de antropologia 

VALENTINI, Luísa. Um laboratório de antropologia. O encontro entre Mário de Andrade, Dina Dreyfus e Claude Lévi-Strauss (1935-1938). São Paulo: Alameda, 2013. [Cap. 1, pp. 43-96]. 

Filme: DREYFUS, Dina. STRAUSS-LÉVI, Claude. A vida de uma aldeia Bororo. Rio Vermelho, Matogrosso. Departamento de cultura de São Paulo, 1935. 

Link:https://www.youtube.com/watch?v=0sXR0doCj9c&list=PLM3Gpc3IS79r9jEq13Qw3OVDI5e25qA_V&index=1

Filme 2: CINEMATECA do Estado de São Paulo. Mario de Andrade: Primeiros filmes etnográficos. Brasil, Documentário, 1938. 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=JEQ0NzpvIpE

11. Um poeta na política: derrota em São Paulo e exílio no Rio 

BOMENI, Helena. Um poeta na política. Mario de Andrade, paixão e compromisso. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2012 [pp. 84-130]  

12. Modernismo: balanço crítico às margens do Tietê 

ANDRADE, Mário de. “O movimento modernista”. In:_____. Aspectos da literatura brasileira. São Paulo: Martins, 1942
______. “A meditação sobre o Tietê” In:______. Lira Paulistana, seguida de O carro da miséria. São Paulo: Martins Editora, S/D, pp. 54-67

Bibliografia complementar: 

BOSI, Alfredo. “Situação de Macunaíma”. In: ______. Céu, Inferno. São Paulo: Áti-ca, 1988, p. 127-141. Reproduzido em: ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Edição crítica. Op. cit., 1988, p. 171-181.

CARVALHO, Lilian Escorel de. A revista francesa L'Esprit Nouveau na formação das ideias

estéticas e da poética. Tese de doutorado, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 2009. 

GUIMARÃES, Maria I. de O. “Macunaíma e o projeto pragmático de Mário de Andrade”. In: Letras UFSM: Santa Maria, RS, no 7, 1993

HOLANDA, Sérgio Buarque de. O espírito e a letra. Organização, introdução e notas: Antônio Arnoni Prado. São Paulo: Companhia das Letras, 1996

JARDIM, Eduardo. Mário de Andrade. Eu sou trezentos: vida e obra. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2015. 

LOPEZ, Telê Ancona. Mário de Andrade: ramais e caminhos. São Paulo, Duas Cidades, 1972.

PASINI, Leandro. A apreensão do desconcerto: subjetividade e nação na poesia de Mário de Andrade. São Paulo: Nankin, 2013.

PROENÇA, M. Cavalcanti. Roteiro de Macunaíma. 1a ed. São Paulo: Anhembi, 1955. [2a ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1969

RIBEIRO, Darcy. “Liminar”. In: ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Edição crítica. Op. cit., 1988

SOUZA, Eneida Maria de. A pedra mágica do discurso. Jogo e linguagem em Macunaíma. Belo Horizonte: UFMG, 1988

TERCIO, Jason. Biografia de Mario de Andrade. Em busca da alma brasileira. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2019. 

WISNIK, José Miguel. “A rotação das utopias – Rapsódia”. In: BERRIEL, C. E. O. (org.). Mário de Andrade/Hoje. São Paulo: Ensaio, 1990
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